quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Poente


...Eu olhava o horizonte
por não desejar as nuvens
por não tocar as ondas
por não desafiar ventanias.

Apenas observava apoiado nas janelas castanhas,
pendendo-me em sonolências.
Não sentia
Não refletia
Não existia.

Até você, mulher vulgar
sem chocalhos,
sem vermelhos a tingir lábios
sem saia a levantar meninos.

Apenas mulher e vulgar,
como sorrisos norte-americanos
máquinas japonesas
pão francês amanhecido.

...a me tocar
e me tirar de meu poente.

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