quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cálice grego


Ecco lhe sorri fitando-o através da relva
Europa nua sobre couro divino
tauromâncias circencis

De Epicuro surgem as flores
o vinho adocicado pela cicuta
o beijo platônico do saber

Na taça de bronze
reluz artifícios dionisíacos
sangue divino em heróicos crânios desconhecidos

Eros aponta cego para a margem desoladora
Amínias empunha paixão e segredos
musas e ninfas entregam-se nuas
a narcótica lágrima de Narciso.

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