sábado, 13 de dezembro de 2008

Culto Humano


Preciso de alguém
Que me aponte estrelas
sem medo de verrugas
Que me abrace sem me tocar
Que saiba não saber.

Quero alguém que finja não me ver
só pra me deixar curioso
E quando fitar meus olhos
ver além.

Ser um alimento
saciar sede
Ver do fundo a superfície
Falar silêncios
e dormir.

Quero um mestre aprendiz
Feitiços tantricos
cânticos marinhos
danças terrenas.

Cultuar o humano
e entre templos de carnes
encontrar aquilo que não sangra
o meu eu doado.