
Acastelada em seu balance,
já és menina e mulher
Olhando o mundo em suas mãos pequenas,
já és virgem e gestante
Liberte o cabelo de seu véu,
Cubra-se de brilhos e cheiros
Brinque de ser rainha e prostituta:
O divino estudo de tornar-se feminina.
Menina-flor
sorriso silencioso olhos falantes,
espuma efêmera tragada pelo mar
desmanche castelos
espalhe pétalas
apague pegadas
cubra com seus cabelos negros a areia
para que as águas sejam seu véu e pensamento.
Dadivoso sangue lunar
Leite amargo da vida
Pele de ceda a refletir o espelho

Brinque incosciente de destinos
pois a sorte, é a boneca de pano
que dorme entre seus bracinhos.
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