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Realidade Fatal, 1998.
Gostaria de poder tocar as faces morenas de meus fantasmas...
Sentir entre meus dedos o transpassar das luzes que me agridem
vendo-me invadido e proprietário deste prisma ideal.Percebo-me trêmulo...
pois não posso me possuir sem antes te tomar.
Não serei sonhos de minha realidade açoitada
Nem príncipe entre véus cinematográficos.
Sendo assombrado pela corrosão que me abate
deixando-me perecer pela doença que me sustenta
que oscila entre letargia nirvânica
realidade fatal.
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