sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Platônico 1998




Desejo seu toque tempestuosamente macio
a aflorar-me como mártir de meu corpo
Quero sorver-lhe pelas farpas o seu céu
e destronar-te a uma humanidade acessível.

Demolirei nossos adarves intragáveis
para ressurgir a flor-acre de sua pele
Fundarei em seu corpo um império aminístico
onde poderemos nos eternizar em paraíso dual.

Façamos de nossos lábios, abismos
e de nossas palmas, âncoras
façamos de nossos corpos, abrigos
e de nossos desejos, feitores.

Para abraçarmos o inconquistável
onde surgirá o que sempre existiu
conseguindo solidificar nossos espectros
como a nódoa de nossas respectivas mentes
em nossos corpos trocados.

Nenhum comentário: