sábado, 15 de agosto de 2009

escravidão voluntária, 1998




Como poderia não te perdoar...
fostes a semente da urdidura que motiva-me a viver
a ti pertence a realidade castanha de minhas visões
e serás o julgamento piedoso de minha danação.

Se amo cada defeito impiamente sagrado
que te define e me contradiz
pois esta em ti a fórmula cicuta da salvação
a qual velo, rezo e ojerizo.

Pois odeio-me por não te possuir
e odeio-o por amar-te livre
me colocando voluntariamente em escravidão
que inocentemente mais uma vez me domina.

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