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escravidão voluntária, 1998
Como poderia não te perdoar...fostes a semente da urdidura que motiva-me a vivera ti pertence a realidade castanha de minhas visõese serás o julgamento piedoso de minha danação.Se amo cada defeito impiamente sagradoque te define e me contradizpois esta em ti a fórmula cicuta da salvaçãoa qual velo, rezo e ojerizo.Pois odeio-me por não te possuire odeio-o por amar-te livreme colocando voluntariamente em escravidãoque inocentemente mais uma vez me domina.
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